O governador Geraldo Alckmin disse no último sábado (23) que os ataques a policiais militares podem ser uma retaliação dos bandidos por causa do trabalho da Polícia Militar. No começo do dia, outro policial foi morto, desta vez, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo.

Eram 6h, quando o PM Joaquim Cabral de Carvalho foi assassinado no centro de Ferraz de Vasconcelos. Testemunhas contam que ele estava numa barraquinha de lanche quando dois homens chegaram, fizeram vários disparos e fugiram.

O cabo morreu na hora. Ele tinha 45 anos, sendo 26 de profissão. Mas não estava trabalhando como policial na hora do crime.

Agora já são 39 policiais assassinados em São Paulo só este ano. A maioria estava de folga. Oito morreram enquanto trabalhavam. De sexta-feira (22) para este sábado, outros três ataques contra policiais foram registrados na região metropolitana.

Em Vargem Grande Paulista, região metropolitana de São Paulo, homens atiraram em um policial rodoviário que saía do trabalho na noite de sexta-feira. Mas ele não foi atingido.

Em Diadema, no ABC, um carro foi incendiado e colocado em uma descida com o freio de mão solto. A polícia diz que os bandidos queriam atingir uma base da PM. Mas o veículo parou antes. Em outro ponto da cidade, um ônibus também foi incendiado.

Na Vila Maria, na Zona Norte de SP, um tenente foi surpreendido por dois homens quando chegava em casa. Os bandidos dispararam. O policial reagiu. Um dos criminosos foi baleado. O outro conseguiu fugir.

Neste sábado, durante a inauguração do Parque Belém, o governador Geraldo Alckmin falou que a polícia já identificou quase todos criminosos envolvidos na morte de policiais. E que os ataques podem ser uma retaliação dos bandidos por causa do trabalho da PM.

“A polícia está trabalhando sem parar. Então, tem retaliação. Isso não vai fazer a polícia retroceder em nada e está todo mundo trabalhando”, disse Alckmin.

Desde sexta-feira, a PM reforçou o policiamento nas ruas e em frente às bases comunitárias. E orientou todos os policiais que redobrem os cuidados com a segurança, até mesmo nos dias de folga. O comando da PM também determinou que todas as chamadas sejam atendidas por, no mínimo, duas viaturas. A ideia é que uma equipe proteja a outra durante o trabalho.

Fonte: G1